agosto 20, 2010

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estou
no
limite
onde os ventos se separam
e alma se distingue do espírito
com lágrima que se mistura às águas do mar salgado.
Estou no limite onde não há silêncio nem ruído
nem luz nem treva nem dia nem noite
- nem há descanso
da
madrugada
nem
rubor
do
a
l
v
o
r
e
c
e
r
nem chuva nem orvalho fresco.
Estou no limite do que se pode cantar em versos:
os pés se distanciam
da
t
e
r
r
a
e todas as energias confusas,
confundem bem e mal que se aproximam
no limite em que não há vida nem morte
nem segundo nem tempo de eternamente.
Estou no limite:
os pés puderam me trazer e atrás,
os montes verdes e as águas doces
e os pássaros
e os caminhos feitos cara de homem,
e o homem feito caminho aberto no mundo
e o vento feito sonho batendo em
r
o
c
h
a
feito deus enceguecido
e
surdo na insensibilidade

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©2007 '' Por Elke di Barros